Luís Castro revela tristeza com perda do título do Botafogo e não descarta volta ao Brasil no futuro

Por Redação do ge — Rio de Janeiro

Luís Castro se pronunciou pela primeira vez sobre a perda do título brasileiro do Botafogo desde que deixou o clube. Em entrevista ao “O Jogo”, o atual treinador do Al-Nassr, que deixou o Alvinegro em junho, afirmou que não esperava a queda na tabela.

– Estava convicto de que o Botafogo seria campeão, pela qualidade dos jogadores e pela sua dimensão humana. Eram fantásticos, mas como em tudo na vida é necessário contexto para a qualidade de manifestar. Em determinado momento esse contexto não existiu e aconteceu o que toda a gente sabe. É uma equipe que jamais esquecerei, fundamentalmente pela forma unida como esteve nos momentos ruins, em que nos fechamos muito e evitamos que nos tocassem – afirmou.

No Brasileirão, o português deixou o Alvinegro após a vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras no Allianz Parque, na 12ª rodada. Na época, o clube carioca abriria sete pontos de vantagem na liderança. Luís Castro voltou a citar episódios envolvendo críticas e vaias de torcedores durante a passagem no Brasil.

Luís Castro em Botafogo x Magallanes — Foto: André Durão/ge

Luís Castro em Botafogo x Magallanes — Foto: André Durão/ge

– Sei pouco do que se passou após a minha saída. Foi com tristeza que não vi o Botafogo campeão. Depois de ver a equipe com 13 pontos de vantagem jamais pensei que iria perder. Mas não é o fim do mundo, porque o Botafogo é um clube de grande prestígio, com uma história maravilhosa e ídolos que são referências do futebol mundial. A torcida adepta é muito emocional e adora o clube. A emoção e a forma como se expressa no estádio é muito natural. Esse comportamento nunca magoa. O que magoa é a premeditação de alguém ir a um estádio para ofender outra pessoa. Ter as arquibancadas cheias de gente que dirige palavras menos próprias ao treinador não ofende, mas a premeditação ofende e é imperdoável – completou.

Apesar disso, o comandante afirma que o tempo no país foi positivo – e não descarta um retorno no futuro.

– Gostei muito e um dia talvez volte. Aliás, posso afirmar que gostava de voltar ao Brasil. Tenho muito boas recordações de tudo. É um campeonato com uma competitividade enorme, há equipes campeãs que descem de divisão. Nada pode ser dado como adquirido, pois a luta é até ao fim – finalizou.

FonteGE