Jorge Jesus tenta bater recorde no Al-Hilal

Por 

André Zajdenweber

Jorge Jesus parece ter, enfim, emplacado um grande trabalho após deixar o Flamengo — em julho de 2020. Com 23 vitórias consecutivas em partidas oficiais, o comandante do Al-Hilal já bateu o recorde na Arábia Saudita. Agora, ele vai em busca da melhor marca da história do futebol — que pertence ao The New Saints. O clube galês obteve 27 resultados positivos seguidos na temporada 2016/17.

O grande trabalho de Jorge Jesus no Al-Hilal lhe rendeu outro recorde pessoal: o português já conquistou três prêmios de treinador do mês, algo que nunca havia acontecido em uma temporada do futebol saudita.

Aproveitamento de 87%

 

Os números do português no comando do Al-Hilal impressionam. São 36 partidas oficiais e um aproveitamento de 87% — o maior de sua carreira. No Flamengo, Jorge Jesus fez o melhor trabalho de um treinador no futebol nacional desde 2003 — início da era dos pontos corridos no Campeonato Brasileiro —, com uma sequência de 19 jogos sem perder.

Assim como no rubro-negro, Jesus comanda o plantel mais caro do futebol saudita — além do Al-Hilal, Al-Ittihad, Al Nassr e Al-Alhi também recebem investimento pesado do fundo governamental do país. A equipe comandada pelo português é a mais valiosa dentre as quatro.

Apesar do grande time que tem em mãos, o treinador quase não pôde contar com a principal contratação do clube. Neymar chegou ao Al-Hilal em agosto de 2023, no entanto , sofreu uma entorse no joelho esquerdo durante jogo da Seleção Brasileira contra o Uruguai dois meses depois. Desde então, o craque segue se recuperando.

O ótimo aproveitamento e o material humano à disposição não são as únicas semelhanças dos trabalhos de Jorge Jesus no Flamengo e no Al-Hilal. Assim como no rubro-negro, o futebol ofensivo e vistoso praticado pela equipe saudita chamam atenção. Durante a sequência de 23 vitórias, foram 69 gols marcados, seis sofridos e uma média de mais de 65% de posse de bola por partida.

Apesar de o Al-Hilal manter o estilo de jogo ofensivo — marca do trabalho de Jesus no Flamengo —, a composição tática entre os dois últimos grandes trabalhos do treinador possui uma diferença: no rubro-negro, Jesus usava um esquema com dois atacantes de muita movimentação — Gabriel Barbosa e Bruno Henrique. Na equipe saudita, o treinador usa uma linha de três na frente, com dois pontas e um jogador de área —o artilheiro do time Mitrovic.

FonteGE