Trump quer assinar acordo com a China antes da cúpula da Apec no Chile

AFP / Brendan Smialowski

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insinuou nesta segunda-feira (28) que assinará um acordo comercial com a China antes da cúpula da Apec programada no Chile para meados de novembro.

“Estamos considerando a possibilidade de anteciparmos o cronograma para assinar uma parte muito importante do acordo com a China”, disse Trump, acrescentando que poderia chegar ao Chile “muito antes” da data prevista.

A cúpula dos líderes do Fórum de Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (Apec) será realizada em Santiago, Chile, em 16 e 17 de novembro.

“Vamos chamá-lo de ‘Fase 1’, mas é uma parcela muito grande”, disse Trump sobre o acordo, enfatizando mais uma vez que ele se concentrará fortemente no setor agrícola.

No sábado, a China confirmou que as negociações comerciais com os Estados Unidos estavam em andamento, indicando sua intenção de suspender o embargo às importações de aves americanas.

O governo Trump disse sexta-feira que a Fase 1 do acordo com Pequim estava “quase concluída”, depois de uma conversa por telefone do representante de comércio dos EUA Robert Lighthizer (USTR) e do secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, com o principal negociador chinês, o vice-primeiro ministro, Liu He.

Lighthizer havia dito recentemente que esperava que a Fase 1 do acordo estivesse pronta para ser assinada por Trump no próximo mês na cúpula no Chile, quando ele se encontrará com seu equivalente chinês, Xi Jinping.

“Provavelmente assinaremos”, disse Trump nesta segunda-feira. “Sei que eles têm algumas dificuldades no momento no Chile. Mas conheço os chilenos e tenho certeza de que eles podem resolvê-lo”, disse ele em referência aos protestos sociais no país andino, contra o governo de centro-direita Sebastian Piñera.

Um acordo entre os Estados Unidos e a China encerraria um conflito iniciado em março de 2018 por Trump para encerrar as práticas comerciais que ele considera “injustas”.

A Casa Branca adiou um aumento maciço nas tarifas para a China agendadas para 15 de outubro sobre US$ 250 bilhões em produtos chineses, mas novas cobranças de 15% sobre outros 150 bilhões em mercadorias ainda estão agendadas para dezembro.

FonteAFP