“Perdi toda a minha família. Quando fui ao cemitério enterrar meus filhos, voltei e encontrei minha casa completamente destruída. Não sei para onde ir”, diz Abu Saqr Abu Rokba, um palestino de setenta anos.
Por BBC
Fatma Aly, uma palestina de 36 anos que vive com a família na zona norte de Jabalia, disse que, quando a eletricidade foi cortada na Faixa de Gaza, sua primeira noite sem energia foi insuportável.
“Gaza está em completa escuridão agora”, diz ela. Ela está tremendo de medo e o forte barulho das bombas israelenses atingindo edifícios quase a abafa sua voz.
“Não temos nem velas para acendermos. As lojas estão fechadas e a única coisa que temos é uma pequena lanterna”, diz Fatma com a voz trêmula.
A falta de eletricidade é “desumana”, diz ela, pois afeta o abastecimento de água para beber e tomar banho – o bombeamento depende da energia elétrica.
Fatma e os seus dois pais idosos têm apenas dois pequenos barris de água que armazenaram antes do ataque israelita.
“Sem eletricidade também não há refrigeração, por isso até o fornecimento de alimentos é limitado”, diz ela.
“A comida na geladeira estragou e tivemos que jogar no lixo”, conta.
A família também não está conseguindo se lavar para as orações cinco vezes por dia – um ritual islâmico obrigatório.
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