RBR continuará operando motores Honda a partir da temporada 2022 da Fórmula 1

A RBR anunciou nesta segunda-feira que vai continuar operando os motores Honda a partir da temporada 2022 mesmo com a retirada do fabricante japonês da Fórmula 1 no fim deste ano. A estratégia é considerada fundamental para a continuidade da equipe e ocorre graças ao congelamento do desenvolvimento de motores até 2025, aprovado pelos times na última semana.

– Temos discutido esse assunto com a Honda há algum tempo e, após a decisão da FIA de congelar o desenvolvimento das unidades de potência a partir de 2022, pudemos finalmente chegar a um acordo sobre o uso contínuo das unidades de potência híbridas da Honda. Somos gratos pela colaboração da Honda nesse sentido e por ajudar a garantir que a RBR e a AlphaTauri continuem a ter unidades de potência competitivas – disse o consultor da RBR, Helmut Marko.

Christian Horner (esq), Max Verstappen, Hemut Marko, da RBR, e Masashi Yamamoto, da Honda, no GP da Alemanha de 2019 — Foto: Lars Baron/Getty Images

Christian Horner (esq), Max Verstappen, Hemut Marko, da RBR, e Masashi Yamamoto, da Honda, no GP da Alemanha de 2019 — Foto: Lars Baron/Getty Images

Em outubro de 2020, a Honda anunciou sua retirada da F1 e pegou a RBR (que também controla a AlphaTauri) de surpresa. O fabricante japonês prometeu continuar empregando recursos em 2021, mas a RBR ficou sem uma opção factível no mercado, já que Mercedes e Ferrari têm suas próprias equipes e são rivais diretas da RBR, e a Renault, que forneceu unidades à equipe entre 2007 e 2018, teve um fim de parceria conturbado. A RBR, então pensou na ideia de assumir a operação da Honda.

– O estabelecimento da RB Powertrains Limited é uma jogada ousada, mas foi feita após consideração cuidadosa e detalhada. Estamos cientes do enorme empenho necessário, mas acreditamos que a criação desta nova empresa é a opção mais competitiva para ambas as equipes – completou Marko.

RBR e AlphaTauri utilizam motores Honda na F1 — Foto: Getty Images

RBR e AlphaTauri utilizam motores Honda na F1 — Foto: Getty Images

A Honda voltou para a F1 em 2015, fornecendo unidades para a McLaren, mas demorou a produzir um motor competitivo. Demorou tanto, que a equipe inglesa, e em especial seu primeiro piloto à época, Fernando Alonso, perderam a paciência. Ao mesmo tempo, insatisfeita com a Renault, a RBR viu na Honda uma chance de ter um motor produzido sob medida para seu carro, o que a montadora francesa se recusava a fazer por ter equipe própria.

Em 2018, a então STR (AlphaTauri) foi a primeira a ter os motores Honda, numa espécie de temporada-laboratório, e, a partir do ano seguinte, a RBR passou a ter as unidades japonesas. A esta altura, a Honda já tinha um motor competitivo e conquistou seis vitórias nas últimas duas temporadas, sendo cinco com Max Verstappen e uma com Pierre Gasly.

Verstappen comemora pole no GP de Abu Dhabi de 2020 — Foto: REUTERS/Kamran Jebreili

Verstappen comemora pole no GP de Abu Dhabi de 2020 — Foto: REUTERS/Kamran Jebreili

A RBR disputará a temporada 2021 da Fórmula 1 com Max Verstappen e Sergio Pérez, enquanto a AlphaTauri terá Pierre Gasly e o estreante japonês Yuki Tsunoda, um protegido da Honda desde as categorias de base. O campeonato começa dia 28 de março, no Barein.

FontePor Redação ge — Milton Keynes, Inglaterra