Perto de estrear na F1, Mazepin diz ter evoluído após caso de assédio

Prestes a estrear na F1, Nikita Mazepin falou publicamente pela primeira vez desde o caso de assédio ocorrido em dezembro do ano passado. Na ocasião, o russo postou um vídeo em que aparece sendo repelido ao tentar por a mão dentro da blusa de uma jovem que o acompanhava em um carro com outros amigos.

– Em primeiro lugar, é muito importante dizer que minhas ações em dezembro sobre todo o incidente foram erradas. Eu assumo total responsabilidade por isso. Foi uma grande experiência de aprendizado e posso dizer com segurança que tenho muito mais noção sobre este tipo de assunto do que costumava ter, então há um pouco de positividade nisso – afirma em entrevista à ESPN.

Na época, a equipe Haas condenou os atos do piloto disse que resolveria o assunto de forma interna. Mazepin deletou o vídeo e postou um pedido de desculpas, que também foi deletado tempos depois. Uma grande campanha com a hashtag #WeSayNotoMazepin (nós dizemos não a Mazepin) foi criada nas redes sociais para pressionar a equipe americana e a FIA a tomarem uma atitude, mas a equipe decidiu manter o piloto.

– Eu entendo totalmente que eles estão certos em seus sentimentos e que eu não estava certo com minhas ações. Não estou orgulhoso disso. É importante progredir – diz.

O piloto, que chegou a dizer que seria tratado de forma diferente por ser russo, acredita que suas atuações nas pistas em 2021 podem melhorar sua reputação perante aos fãs da categoria.

– As pessoas que estão comigo nos últimos 21 anos sabem quem eu sou. É muito difícil ser falso para as pessoas e estou longe de querer isso. Serei eu mesmo fora da pista, como sempre fui. Tive meus altos e meus baixos, mas isso faz parte da vida. Acredito que sou um piloto muito bom na pista, que sou um piloto rápido. Na verdade, estou ansioso para o desafio de mostrar às pessoas que podem não gostar de mim no momento que tenho ótimas habilidades de corrida. E espero que mude a percepção que eles têm de mim.

Nas últimas temporadas, Mazepin se envolveu em diversas confusões. Em 2016, o russo foi banido de uma corrida da Fórmula 3 Europeia por agredir o inglês Callum Ilott. No ano passado, terminou sua participação na Fórmula 2 com 11 pontos na carteira e ficou a um de ser suspenso por uma corrida. Uma das punições foi por jogar o brasileiro Felipe Drugovich para fora da pista de forma perigosíssima.

Mazepin foi o quinto colocado no campeonato da F2 em 2020, com duas vitórias e duas voltas mais rápidas. Filho do bilionário magnata do petróleo Dimitry Mazepin, o piloto foi escolhido com Mick Schumacher pela Haas para substituir Romain Grosjean e Kevin Magnussen.

FonteRedação G1/ RJ