A aliados, Cid disse que acreditava que “morreria no Exército” e que não terá oportunidades na carreira
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A leitura de membros das Forças Armadas de alta patente é que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro finalmente entendeu que não teria uma carreira próspera no Exército, mesmo que conseguisse manter a vigência de seu acordo de delação premiada e evitar a expulsão da Força.
Desde que seu nome apareceu nas investigações da tentativa de golpe, em 2023, Cid recebeu apelos — inclusive do Alto Comando do Exército — para antecipar sua aposentadoria. O tenente-coronel, no entanto, se recusava a deixar a ativa. Para membros da caserna, Cid tinha a ilusão de que teria alguma proteção atrás da farda, o que não ocorreu.
Como está respondendo a um processo judicial, Cid não pode ser promovido. Não havia, no entanto, qualquer expectativa de que ele conseguisse retomar uma carreira com promoções após o fim do julgamento da trama golpista.
A aliados, Cid não escondeu que foi a falta de perspectiva de retomar uma trajetória próspera no Exército que o motivou a antecipar seu pedido de aposentadoria. Segundo interlocutores do tenente-coronel, ele disse que achava que “morreria no Exército” e que está na hora de pensar em exercer atividade fora dos quartéis.
No início do mês, o ex-ajudante de ordens da Presidência apresentou ao Gabinete do Comandante do Exército o pedido para ser incluído na cota compulsória. Ele escolheu esse caminho porque tem 29 anos e seis meses de tempo de serviço — menos que os 31 anos exigidos para um militar ir para a reserva. Quando o pedido for aprovado, Cid receberá os proventos proporcionais a esse período.
Não há um prazo definido para o Exército responder à solicitação, mas a inclusão na cota compulsória costuma ser decidida no início de cada ano. Com isso, Cid deve permanecer mais alguns meses na ativa.