Com as duas últimas vitórias do Palmeiras, incluindo a da última quinta-feira sobre o Santos, e os tropeços do Novorizontino, o Verdão não depende apenas de si, mas vai disputar a última rodada da fase de grupos do Paulistão com chance de avançar às quartas de final.
Ainda que o auxiliar João Martins já tenha dito que o plano será mantido de não usar os titulares no Estadual, a comissão técnica está em uma encruzilhada: manter o padrão do Paulista e escalar o time C na partida de véspera da Libertadores, ou mesclar com o time B, que venceu o Santos, para tentar a vaga no mata-mata?
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2021/8/g/dTjgvxSsuANODAuIgyYg/rib2115.jpg)
A comemoração do segundo gol do Palmeiras contra o Santos — Foto: Marcos Ribolli
Se o Paulista em 2020 abriu o caminho de taças para o Verdão, neste ano tem sido uma dor de cabeça para Abel Ferreira por conta do calendário com jogos a cada dois dias. O técnico não abre mão de um intervalo maior de descanso, pensando sempre na Copa Libertadores, e na terça o Palmeiras visitará o Independiente Del Valle, no Equador.
Mas antes, encerrará no domingo a fase de grupos do Paulista. E se o time vai ao Moisés Lucarelli com chances de classificar é muito por conta da sequência de jogadores que aproveitaram as chances no time B, como Gustavo Scarpa. Autor do gol da vitória contra o Santo André, ele deu duas assistências no triunfo sobre o Santos e é o maior assistente da temporada, com cinco passes para gol.
Mesmo com reservas no Allianz Parque, o Palmeiras fez uma partida divertida contra o rival, agora já eliminado das quartas e até ameaçado de rebaixamento no Paulistão.
Sem os três zagueiros, Abel voltou a usar uma linha com quatro jogadores atrás, incluindo Danilo Barbosa, mais uma vez improvisado na zaga e destaque no duelo. Ele, Scarpa e o jovem Giovani, de 17 anos de idade, estão entre os que melhor vêm aproveitando as chances neste Paulistão.
Defensivamente, o Palmeiras não fez um bom jogo e deu bastante espaço ao Santos, mas com a posse de bola teve um jogo muito forte pelos lados do campo, com Viña pela esquerda – o lateral fez um gol e deu uma assistência – e Giovani pela direita.
Depois de jogos com desempenho abaixo do esperado, os reservas deixaram boa impressão no clássico e até Esteves, tão contestado por parte da torcida, teve participação decisiva ao entrar e logo depois fazer o gol da vitória por 3 a 2.
De fato, seria um risco muito grande usar titulares contra a Ponte tendo um jogo no Equador dois dias depois. Mas é possível mesclar atletas dos times B e C e mantê-los, caso consiga uma vaga nas quartas – para isso, precisa vencer a Ponte Preta e torcer para que o Novorizontino não vença o Corinthians.
Entre torcedores, há o desejo de ver a equipe no mata-mata, defendendo o título paulista. Na comissão técnica, há o desejo de ter um calendário que não seja tão sacrificante. Independentemente do resultado, uma coisa é certa: a campanha não é, nem de longe, um vexame.
