Governo de SP divide Região Metropolitana em 5 microrregiões mas não altera nível de flexibilização da quarentena nos municípios

O governo de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (29) que a Região Metropolitana será dividida em 5 microrregiões para futuras análises de flexibilização da quarentena nos municípios.

A decisão atendeu parcialmente um pedido feito pelos prefeitos das cidades da Grande São Paulo que se reuniram na quinta-feira (28) no Palácio dos Bandeirantes. Eles reivindicaram uma nova análise da situação de flexibilização da quarentena das cidades e a divisão da região metropolitana em 6 microrregiões.

“A região metropolitana de São Paulo, a chamada grande São Paulo, será agora dividida em 5 regiões, 5 regiões de saúde no plano São Paulo. Por abrigar mais de 22 milhões de habitantes e contar com uma organização de saúde com distribuição de leitos e internação hospitalar própria, considerando a complexidade, o seu tamanho, a disposição e a capacidade de prefeitos e prefeitas da região metropolitana, nós agora teremos 5 regiões de saúde. Com esta divisão será possível ter uma análise ainda mais precisa de critérios técnicos de saúde, classificação de fases de retomada consciente da economia e a definição apropriada para região metropolitana, Alto Tietê, ABC, Alto Juqueri, Sudoeste e Oeste”, disse o governador João Doria (PSDB) em coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (29).

No entanto, apesar da divisão, o secretário de desenvolvimento do estado, Marco Vignoli, disse que, por enquanto, as cidades da Grande São Paulo ainda permanecerão na fase 1, alerta máximo, em que nenhuma medida de flexibilização é permitida.

“Não existe nenhuma alteração imediata de fase com nenhuma das 5 regiões daqui da região metropolitana de São Paulo, mas fica muito claro que o trabalho em conjunto de aumento de leitos é fundamental pra que a gente possa, com segurança, fazer essa retomada consciente com eles”, disse Vignoli.

A região metropolitana será dividida em 5 microrregiões, são elas:

  • Norte/ Franco da Rocha: Caieiras, Cajamar, Francisco morato, Franco da Rocha, Mairiporã.
  • Leste/ Alto Tietê – Guarulhos: Arujá, Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano.
  • Sudeste/ Grande ABC: Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul.
  • Sudoeste/ mananciais: Cotia, Embu, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra, Vargem Grande Paulista.
  • Oeste/ Rota dos Bandeirantes: Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora de Bom Jesus e Santana do Parnaíba.

“Esse modelo das regionais de saúde foi dialogado primeiro com o comitê de contingência, foi aprovado no comitê de contingência, na sequência desse processo, os 38 prefeitos, portanto, os 5 consórcios que representam os 38 prefeitos, por unanimidade, concordaram que este é o melhor modelo para se analisar a região metropolitana de São Paulo, que compreende 22 milhões de pessoas, e, portanto, através das sub-regiões de governo e das redes regionais de assistência à saúde, nós vamos agora analisar a região metropolitana”, disse Vignoli.

Flexibilização na capital

O plano de prorrogação da quarentena obrigatória com flexibilização progressiva a partir de 1º de junho foi anunciado pelo governo do Estado na quarta-feira (27) e prevê cinco etapas. Ele divide as regiões do estado por cores, de acordo com critérios definidos pela secretaria estadual da Saúde e pelo Comitê de Contingência do Coronavírus.

Nesta classificação, a capital paulista foi considerada como em fase de controle (laranja), ou seja, município que está em fase de atenção para eventuais liberações. De acordo com o secretário estadual de desenvolvimento econômico, Marco Vignoli, o motivo que levou o governo de São Paulo a classificar a Grande São Paulo na fase 1 e a capital na fase 2 está na capacidade hospitalar de cada um deles.

“Nós temos 2 campos que são analisados pelo comitê de contingência pra verificar a retomada consciente. Um deles, a evolução da pandemia e nesse quesito tanto a capital quanto os municípios da região metropolitana estão dentro dos parâmetros. O que faz a região metropolitana estar em um parâmetro diferente da capital é a capacidade hospitalar, então, nós dividimos em 5 sub-regiões e essas sub-regiões tem uma capacidade hospitalar diferente da capital de São Paulo, então, não tem relação com o fluxo das pessoas, mas sim com a capacidade que cada uma dessas regiões tem de atendimento”, disse Vignoli.

Na fase laranja o governo permite, com restrições, a reabertura de alguns setores da economia a partir do dia 1º de junho, desde que aprovado pela Prefeitura do município, são eles:

  • Atividades imobiliárias
  • Escritórios
  • Concessionárias
  • Comércio
  • Shopping Center

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse na quinta-feira (28) que a abertura gradativa de alguns setores da economia na cidade só será permitida após envio de protocolo e aprovação da vigilância sanitária da gestão municipal.

*Com a supervisão de Lívia Machado.

FontePor Beatriz Borges e Renata Bitar*, G1 SP — São Paulo