A fila não anda. Nas 11 primeiras semanas do ano, mais de 28 mil brasileiros morreram de Covid-19 nos hospitais do país sem passar por uma UTI. Os óbitos de pacientes que não chegaram ao tratamento intensivo em 2021 são 38% do total, sendo quase 40% entre 14 a 20 de março. São praticamente quatro em cada dez das 73.105 mortes por Covid deste ano na base do Sivep-Gripe, sistema usado pelo Ministério da Saúde para monitorar as internações nas redes pública e privada.
Nos dados analisados pelo GLOBO foram considerados pacientes já classificados como de Covid-19, a maioria, e os que receberam provisoriamente o diagnóstico de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) não específica, mas que, seguindo metodologia da Fiocruz, traziam sintomas indicativos da doença: febre acompanhada de tosse, dor de garganta, desconforto respiratório, falta de ar, baixa saturação de oxigênio no sangue, perda de olfato ou de paladar.
A fila não anda. Nas 11 primeiras semanas do ano, mais de 28 mil brasileiros morreram de Covid-19 nos hospitais do país sem passar por uma UTI. Os óbitos de pacientes que não chegaram ao tratamento intensivo em 2021 são 38% do total, sendo quase 40% entre 14 a 20 de março. São praticamente quatro em cada dez das 73.105 mortes por Covid deste ano na base do Sivep-Gripe, sistema usado pelo Ministério da Saúde para monitorar as internações nas redes pública e privada.
Nos dados analisados pelo GLOBO foram considerados pacientes já classificados como de Covid-19, a maioria, e os que receberam provisoriamente o diagnóstico de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) não específica, mas que, seguindo metodologia da Fiocruz, traziam sintomas indicativos da doença: febre acompanhada de tosse, dor de garganta, desconforto respiratório, falta de ar, baixa saturação de oxigênio no sangue, perda de olfato ou de paladar.
De meados de janeiro a meados de fevereiro deste ano, quando os sistemas de saúde da região Norte entraram em colapso, a proporção de pacientes que morreram sem passar pela UTI passou de 50%. Nos Estados do Amazonas, Roraima e Acre, ela chegou a 60%.
Ao longo deste ano, 105 hospitais registraram mais de 50 mortes e, ao mesmo tempo, tiveram mais da metade delas fora das suas UTIs. Sete dos maiores hospitais de Manaus estão no topo da lista, tendo perdido 1.302 pacientes que não tiveram tratamento intensivo.
A fila não anda. Nas 11 primeiras semanas do ano, mais de 28 mil brasileiros morreram de Covid-19 nos hospitais do país sem passar por uma UTI. Os óbitos de pacientes que não chegaram ao tratamento intensivo em 2021 são 38% do total, sendo quase 40% entre 14 a 20 de março. São praticamente quatro em cada dez das 73.105 mortes por Covid deste ano na base do Sivep-Gripe, sistema usado pelo Ministério da Saúde para monitorar as internações nas redes pública e privada.
Nos dados analisados pelo GLOBO foram considerados pacientes já classificados como de Covid-19, a maioria, e os que receberam provisoriamente o diagnóstico de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) não específica, mas que, seguindo metodologia da Fiocruz, traziam sintomas indicativos da doença: febre acompanhada de tosse, dor de garganta, desconforto respiratório, falta de ar, baixa saturação de oxigênio no sangue, perda de olfato ou de paladar.
De meados de janeiro a meados de fevereiro deste ano, quando os sistemas de saúde da região Norte entraram em colapso, a proporção de pacientes que morreram sem passar pela UTI passou de 50%. Nos Estados do Amazonas, Roraima e Acre, ela chegou a 60%.
Atualmente, os números são maiores no Sul. Em Santa Catarina, há quatro semanas o índice não baixa de 53%. No Rio Grande do Sul, ela ultrapassou os 50% no começo de março. Nos últimos dados disponíveis, o Rio de Janeiro tem 35%, e São Paulo, 41% de mortes entre pacientes com Covid fora da UTI.
Ao longo deste ano, 105 hospitais registraram mais de 50 mortes e, ao mesmo tempo, tiveram mais da metade delas fora das suas UTIs. Sete dos maiores hospitais de Manaus estão no topo da lista, tendo perdido 1.302 pacientes que não tiveram tratamento intensivo.
Como os números são recentes, ainda estão provavelmente incompletos devido às desigualdades nacionais no ritmo de atualização da base. Toda semana, ainda entram dados de meses anteriores, inclusive de 2020.
— É preciso descobrir quantas pessoas estão na fila de espera e por quanto tempo. Elas morrem em ambulâncias, sem testagem, e nem entram nas estatísticas. As mortes por falta de atendimento vão aumentar as médias móveis, vamos passar facilmente dos 5.000 óbitos diários.
A fila não anda. Nas 11 primeiras semanas do ano, mais de 28 mil brasileiros morreram de Covid-19 nos hospitais do país sem passar por uma UTI. Os óbitos de pacientes que não chegaram ao tratamento intensivo em 2021 são 38% do total, sendo quase 40% entre 14 a 20 de março. São praticamente quatro em cada dez das 73.105 mortes por Covid deste ano na base do Sivep-Gripe, sistema usado pelo Ministério da Saúde para monitorar as internações nas redes pública e privada.
Nos dados analisados pelo GLOBO foram considerados pacientes já classificados como de Covid-19, a maioria, e os que receberam provisoriamente o diagnóstico de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) não específica, mas que, seguindo metodologia da Fiocruz, traziam sintomas indicativos da doença: febre acompanhada de tosse, dor de garganta, desconforto respiratório, falta de ar, baixa saturação de oxigênio no sangue, perda de olfato ou de paladar.
De meados de janeiro a meados de fevereiro deste ano, quando os sistemas de saúde da região Norte entraram em colapso, a proporção de pacientes que morreram sem passar pela UTI passou de 50%. Nos Estados do Amazonas, Roraima e Acre, ela chegou a 60%.
Ao longo deste ano, 105 hospitais registraram mais de 50 mortes e, ao mesmo tempo, tiveram mais da metade delas fora das suas UTIs. Sete dos maiores hospitais de Manaus estão no topo da lista, tendo perdido 1.302 pacientes que não tiveram tratamento intensivo.
Como os números são recentes, ainda estão provavelmente incompletos devido às desigualdades nacionais no ritmo de atualização da base. Toda semana, ainda entram dados de meses anteriores, inclusive de 2020.
— É preciso descobrir quantas pessoas estão na fila de espera e por quanto tempo. Elas morrem em ambulâncias, sem testagem, e nem entram nas estatísticas. As mortes por falta de atendimento vão aumentar as médias móveis, vamos passar facilmente dos 5.000 óbitos diários.
Na linha de frente desde a primeira onda da Covid-19, Guilherme Martins, médico plantonista da UTI do Hospital Universitário Clementino Fraga (UFRJ) e da UPA do Engenho Novo, explica que os pacientes que deveriam estar indo para as UPAs estão nas clínicas de família, enquanto os que precisam de hospital ficam nas UPAs. E aí a fila para. Os hospitais lotados não conseguem abrir vagas suficientes para a demanda.
— Salvamos muita gente, mas as pessoas não param de chegar. Doentes são ‘internados’ até em cadeiras — diz.
— Sabemos que, se um paciente muito grave ficar na UPA, sem estrutura adequada, ele vai morrer. Então, se aparece uma vaga o transferimos, tentamos lhe dar uma chance. Ele pode morrer no caminho, ele pode morrer na chegada. Mas a chance de sobreviver ainda que reduzida, é maior do que se ficar na UPA — afirma Martins.
Segundo ele, um paciente crítico que chega a uma UPA e não é logo transferido dificilmente vai sair da intubação.
— Muitos morrem ou ficam com sequelas. Tubo não é tratamento, tubo serve para ganhar tempo e dar ao corpo chance de se recuperar. Sem suporte de médicos especializados e uma série de medicamentos e equipamentos, essas doentes não conseguem se salvar — destaca Martins.
— Todo o Brasil está em colapso, e o primeiro sinal é a morte fora do hospital, em casa — lamenta Alves