Reencontro ocorreu em jantar de celebração do Tetra da Seleção Brasileira, realizado nesta sexta-feira no Rio
Por Sergio Lobo — Rio de Janeiro
A amizade entre Romário e Bebeto, uma das maiores duplas da história do futebol brasileira, estava a abalada por desavença no campo da política. Mas, nesta sexta-feira, os atacantes do Tetra fizeram as pazes, durante celebração dos trinta anos da conquista.
O encontro reuniu ex-jogadores e membros da comissão técnica e direção da Seleção Brasileira. Na parte final, alguns participantes se levantaram para dar depoimentos, e Romário aproveitou para abrir o coração.
– A gente teve um atrito na época da eleição, há mais ou menos um ano e meio. Política, essa p* dessa política. Quero dizer, um dia, eu te dei o passe e você fez o gol. Mas hoje quero falar para você: “te amo”. Obrigado a todos vocês que fizeram com que essa dupla fosse importante nessa Copa do Mundo. Tenho certeza absoluta, mais de 100%, que se a gente não tivesse a ajuda de vocês a gente não seria Bebeto e Romário – afirmou.
– Eu posso afirmar que foi a maior dupla de todos os tempos do futebol mundial. Falo por mim. F* aqueles não acham.
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Mazinho, Bebeto, Romário, Seleção Brasileira, Brasil x Holanda, Copa 1994, — Foto: Getty Images
No ano passado, Romário chegou a chamar Bebeto de traidor em entrevista ao podcast “Cheguei”, do narrador José Carlos Araújo, o Garotinho.
– Traidor. Foi (meu maior parceiro), mas não é mais. Me traiu na política. Pulou de galho. Tem coisas na vida que levo para sempre. Dentro e fora da política. Vejo isso todos os dias. Mas quando é um cara que você viveu, conviveu e tem uma relação de amizade, é triste. Não briguei com Bebeto. Ele só meu traiu. Mais nada. Infelizmente é assim – disse Romário.
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Romário, Bebeto, Parreira em jantar de celebração do Tetra — Foto: Sergio Lobo
– Rapaz, até triste a gente falar isso. A gente tem uma história linda, cara. Ninguém vai apagar isso. Infelizmente, agora, a nossa relação está estremecida um pouquinho. Infelizmente por culpa de política. Ele era do Podemos (partido), ele me levou. Aí ele foi embora do partido e nem me avisou. Eu só fui para o partido por causa dele. Eu fiquei, fui eleito para deputado estadual, ele veio candidato a Governador. E tudo bem. Vida que segue, a gente continuou se falando. Ele foi para outro partido e não me avisou também – contou Bebeto.