Jogou sem “meio time” e perdeu. O São Paulo flertou com bons momentos e ameaçou controlar a partida, mas esbarrou nas próprias limitações e acumulou erros individuais na noite do último sábado, em Goiânia. Diante de tal cenário, o resultado não poderia ser diferente: derrota por 2 a 0 para o Atlético-GO, em duelo pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.
Para o jogo fora de casa, nem Hernán Crespo viajou, após apresentar sintomas de gripe. Além da ausência do comandante, a base campeã paulista ficou fora com as ausências de Arboleda, Daniel Alves, Luan, Liziero e Benítez. Sem o quinteto, a equipe pecou muito com a posse de bola e viveu mais uma noite ruim dos dois lados do campo.
Na defesa, Arboleda, que atuou na noite de sexta-feira pelo Equador contra o Brasil, faz muita falta principalmente na bola aérea. Pelo segundo jogo consecutivo, a defesa são-paulina levou um gol pelo alto, o quarto dos cinco últimos sofridos pela equipe.
O quinto veio por intermédio de um erro individual na saída de bola, com Tiago Volpi forçando passe para Galeano e deixando o gol aberto para João Paulo anotar belo gol de cobertura. Aliás, tecnicamente, o São Paulo viveu mais uma noite abaixo com a bola nos pés.
Sem Daniel Alves, Luan, Liziero e Benítez, quatro dos cinco titulares do meio-campo (apenas Reinaldo em campo), a equipe perdeu competitividade e trabalho com a posse de bola.
Até Gabriel Sara, que assumiu condição como meia-atacante na reta-final do Paulista, sofreu com a pressão da marcação atleticana e caiu de rendimento sem a presença de Benítez. O argentino faz (muita) falta nesta formação são-paulina.
O que deu certo
É possível enaltecer alguns pontos, principalmente aspectos individuais, apesar do resultado negativo em Goiânia. O São Paulo chegou a ameaçar uma pressão e flertou com o empate na segunda etapa conforme Rodrigo Nestor encontrou espaço para jogar.
O meio-campista mais uma vez se mostra uma opção confiável, mesmo em um dia coletivo abaixo do esperado. Luciano, titular pela primeira vez depois de um mês, também apareceu em momentos pontuais e parece readquirir confiança a cada partida.
O duelo contra o Atlético-GO ainda serviu para estrear Emiliano Rigoni, que, apesar do desentrosamento, teve bons momentos e quase empatou o jogo. Levou azar de ter Luciano pela frente na trajetória de um firme arremate de direita, na entrada da área.
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Juan Branda, auxiliar de Crespo, comandou o São Paulo contra o Atlético-GO — Foto: Rubens Chiri
O que deu errado
O São Paulo, sem Benítez, Luan, Liziero e Daniel Alves, comete muitos erros no meio-campo, principalmente com a bola. Contra o Atlético-GO foram muitas falhas em passes e cruzamentos – neste sentido, Igor Vinicius teve partida ruim.
Novamente, a bola aérea defensiva falhou. São quatro gols sofridos em dois jogos por intermédio desta jogada. Crespo e companhia precisam urgentemente corrigir este quesito.
Há, porém, outro fator ainda mais importante em questionamento desde ainda o Paulistão. O São Paulo enfrenta sérias dificuldades com equipes que executam a pressão na saída de bola, como o Racing, adversário nas oitavas da Libertadores.
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Janderson e Reinaldo em lance de Atlético-GO x São Paulo — Foto: Heber Gomes/AGIF
O Atlético-GO conseguiu realizar bem esta estratégia e chegou ao segundo gol justamente após erro são-paulino. O passe de Volpi saiu na “fogueira” para Galeano, e João Paulo aproveitou-se do gol vazio para confirmar a vitória dos goianos.
Próximos passos
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Tiago Volpi sofreu com os pés e caiu na marcação pressão do Atlético-GO — Foto: Rubens Chiri
O São Paulo encara nova decisão, com tamanho para complicar a temporada em caso de eliminação para o 4 de Julho, equipe da Série D do Brasileirão.
Após perder por 3 a 2 o duelo de ida pela terceira fase da Copa do Brasil, a equipe deve ser novamente comandada por Hernán Crespo na terça-feira, às 19h (de Brasília).
O duelo vai ocorrer no Morumbi, e o São Paulo precisa de uma vitória por dois gols de diferença para avançar às oitavas de final.
