UNIDADES PROMOVEM AÇÕES EDUCATIVAS EM ALUSÃO AO DIA MUNDIAL SEM TABACO

Desde a semana passada, as unidades básicas e de saúde da família de Campo Grande estão realizando ações educativas em alusão ao Dia Mundial sem Tabaco, lembrado nesta segunda-feira, dia 31 de maio.  O objetivo da data criada em 1987 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é alertar a população sobre os malefícios do fumo para a saúde.

Nas palestras realizadas pelos profissionais,  os usuários recebem informações sobre malefícios do fumo, além de dicas de como buscar ajuda para deixar o vício. A pandemia de Covid-19 pode ser um estímulo para o cuidado com a saúde, incluindo a cessação do tabagismo. A qualidade de vida melhora muito ao parar de fumar assim como a capacidade pulmonar, deixando a pessoa menos vulnerável a inúmeras doenças, dentre elas, a Covid-19.

O tabagismo é uma doença causada pela dependência química da nicotina. Oferecer tratamento aos que desejam parar de fumar é uma importante estratégia de controle do tabagismo.

A dependência ocorre pela presença da nicotina nos produtos à base de tabaco. A dependência obriga os fumantes a inalarem mais de 4.720 substâncias tóxicas, como: monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína, além de 43 substâncias cancerígenas, sendo as principais: arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, chumbo, resíduos de agrotóxicos e substâncias radioativas.

Algumas dessas substâncias tóxicas também são conhecidas como potenciais irritantes, pois produzem irritação nos olhos, no nariz e na garganta, além de paralisia nos cílios dos brônquios. Desse modo, o tabagismo é causa de aproximadamente 50 doenças, muitas delas incapacitantes e fatais, como câncer, doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas.

A nicotina presente no cigarro, por exemplo, ao ser inalada produz alterações no sistema nervoso central, modificando assim o estado emocional e comportamental dos indivíduos, da mesma forma como ocorre com a cocaína, heroína e álcool. Depois que a nicotina atinge o cérebro, entre 7 a 19 segundos, libera várias substâncias (neurotransmissores) que são responsáveis por estimular a sensação de prazer que o fumante tem ao fumar. Com a inalação contínua da nicotina, o cérebro se adapta e passa a precisar de doses cada vez maiores para manter o mesmo nível de satisfação que tinha no início. Esse efeito é chamado de “tolerância à droga”. Com o passar do tempo, o fumante passa a ter necessidade de consumir cada vez mais cigarros. Com a dependência, cresce também o risco de se contrair doenças crônicas não transmissíveis, que podem levar à invalidez e à morte.

Tratamento

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) oferece tratamento para pacientes que desejam largar o vício da nicotina, por meio de acompanhamento com equipe multidisciplinar de profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, farmacêuticos e outros.

O dependente pode procurar a unidade básica de saúde mais próxima da residência e ele será encaminhado para tratamento. Inicialmente, o paciente passa por uma avaliação para considerar se ele é um fumante leve, moderado ou pesado.

Após a avaliação, o tratamento consiste com consultas com consultas individuais ou sessões de grupo de apoio, nas quais o paciente fumante entende o papel do cigarro na sua vida, recebe orientações de como deixar de fumar, como resistir à vontade de fumar, e principalmente, como viver sem cigarro.

Atualmente, em razão da pandemia de Covid-19, o atendimento ocorre de maneira individualizada em 15 unidades de saúde da Atenção Primária e no Centro de Especialidade Médicas (CEM), por meio de encaminhamento. O tratamento pode durar até 1 ano

FonteAgência Municipal de Campo Grande