– Não foi a melhor partida nossa, mas o adversário nos trouxe muita dificuldade. Tivemos um bom segundo tempo, e o empate foi merecido. Continuamos invictos em casa – disse, lembrando que são 12 jogos sem perder na Neo Química Arena.
Com o resultado, o Corinthians se manteve em quarto. A situação fez Sylvinho valorizar o trabalho realizado. E avisar ao elenco: ainda tem campeonato pela frente.
– Foram mais acertos do que erros, evidentemente. Se não, não estaríamos na posição em que estamos. O campeonato não acabou, e falta um jogo importante. Avisei meu grupo que vai acabar dia 9 de dezembro. Nem entro na questão de férias. Eu entro na questão de que amanhã tem treino. Avaliação, não tenho condições de fazer. Os números são muito positivos. Ninguém, há cinco meses, escreveu que esse time entraria na fase de grupos da Libertadores. Absolutamente ninguém. Mas nós confiamos no trabalho e acreditamos nisso. Estamos felizes, mas não acabou ainda.
Embora tenha se recusado a falar sobre a próxima temporada, Sylvinho, que foi questionado diretamente sobre a permanência no clube em 2022, defendeu o próprio trabalho. Ele tem contrato até o fim do ano que vem e será mantido no cargo pela diretoria.
– Não tenho condições de falar do calendário de 2022. O que posso falar é que estou bastante feliz no clube. Temos um trabalho leal e forte, de qualidade dentro, muito alinhado com a diretoria. São muito presentes no clube, tanto eles, como nós, a comissão técnica. Nós trabalhamos com muita alegria, temos um ambiente muito bom, estafe, apoio e atletas, os protagonistas. Os resultados são favoráveis, números expressivos, mas vamos comentar para a frente. Estou feliz até aqui pelo momento. Mas quarto e quinto têm diferença, temos cinco dias de trabalho duro para buscar o G-4. Vamos ter mais quatro dias de bom treinamento para terminar nosso campeonato – completou.
Para fechar a temporada, o Corinthians entra em campo nesta quinta-feira, dia 9, para enfrentar o Juventude, pela 38ª rodada do Campeonato Brasileiro, no estádio Alfredo Jaconi.
Veja outros pontos da entrevista coletiva de Sylvinho:
Postura tática no segundo tempo e substituições
– Nós fomos extremamente ofensivos. Sai Xavier, fica Renato Augusto e Giuliano, já aconteceu. GP entrou pela direita, Willian faz o lado esquerdo, como faz a vida inteira. Róger Guedes de segundo atacante, está cansando de fazer com a gente. O time melhorou e poderia buscar o segundo gol. Nos últimos minutos, não, se tivesse que tirar dois zagueiros e colocar dois atacantes, ótimo. Mas futebol não é assim. Os dois times queriam a vitória. Uma análise mais coerente é feita até os 75 minutos. A partir dos últimos dez, tenho que tirar um lateral, mudar esquema, ser mais agressivo, aí pode falar que os jogadores não estão nas posições. As substituições que foram feitas até 70, 75 minutos, foram corretas. O resultado está aí.
Atmosfera do jogo pressionou o time?
– A grandeza do jogo se mostrou em 90 minutos. Estrategicamente, o Grêmio marca homem a homem do meio-campo para a frente. O zagueiro vinha muito próximo tentar tirar a bola, pressionando muito, e a solução que trabalhamos era ter uma retenção melhor e manutenção de bola para começar a abrir campo. Mas tivemos muita dificuldades no primeiro tempo. Foi muito difícil. No segundo tempo, fizemos mudanças para o time abrir mais campo e ser mais agressivo, mais presente na parte ofensiva. Conseguimos o empate. O final de jogo foi até aberto, já que os dois times tinham o objetivo da vitória. É um componente importante do jogo, os dois times começaram e terminaram o jogo buscando a vitória.
Vaias antes do jogo. O que falta para convencer o torcedor?
– Não é momento, não vamos fazer uma autoanálise, mas temos uma vaga direta para a Libertadores, algo impensável tempos atrás. Os atletas têm dado suas entrevistas felizes com a forma de trabalho. Temos um compromisso a mais contra o Juventude, jogo difícil e complicado. Lá acaba. Temos uma possibilidade matemática de G-4 e vamos lutar. Nós dependemos do trabalho. Vontade de permanecer, trabalhar com os atletas… O que vou falar dos que chegaram e qualificaram o grupo? Ou dos que já venceram pelo clube? Eu sempre gosto de falar dos jovens que estão despontando. Estão renovando os contratos, saíram da base do clube, fico feliz com eles, esse terceiro bloco de atletas. O Du fez um grande jogo, tem muita personalidade, fez a base no lateral, mais um grande jogo. Temos opções, e esses atletas nos começam a dar possibilidades aos próximos jogos e competições. São atletas que estão chegando forte, maturando.
Análise do ano como treinador
– Como eu disse, não é momento de fazer projeção, avaliação de elenco, já que não terminamos o campeonato. Há possibilidades de buscar o G-4 e queremos. Nem no elenco, nem como nós da comissão, não é momento de fazer reflexões ou análises em relação a isso. Temos cinco dias importantes para terminar bem o campeonato. Os números são muito favoráveis, mas chegará o tempo de colocar tudo em uma entrevista, espero que com réplicas e tréplicas, aí sim fica mais fácil.
Du Queiroz na lateral
– Ele já fez três jogos em cenários difíceis. Além de dominar os conceitos da linha de quatro, deu os indícios. Isso nos norteou. Contra o Athletico, Grêmio no primeiro turno, tem mais um terceiro jogo que ele também jogou assim. Mas também fez meio-campista. Eu classifico o atleta como meio-campista, mas ele tem feito como meia com a gente, até hoje. Primeiro, temos Cantillo e Gabriel fazendo, revezando.