A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber atendeu a pedido da Procuradoria Geral da República e determinou nesta quinta-feira (29) o arquivamento de uma investigação que buscava apurar se o senador Renan Calheiros (MDB-AL) teria cometido “caixa dois” e recebido valores do grupo J&F sem declarar à Justiça Eleitoral.
No pedido, a PGR argumentou que o mesmo fato é apurado em outro inquérito em andamento. Esse segundo inquérito apura repasses de mais de R$ 40 milhões a vários integrantes do MDB, entre eles Calheiros – embora ele negue.
“Estando, na espécie, a procuradora-geral da República a sustentar que há nos autos ‘inequívoca duplicidade das informações’, não há justa causa para continuidade da presente investigação, impondo-se o arquivamento requerido”, afirmou a ministra.
O caso começou no Supremo em dezembro de 2018, depois que o relator da Lava Jato, Luiz Edson Fachin, fatiou a delação da J&F e permitiu apuração preliminar de menções a 10 parlamentares, entre eles Renan.
Com o arquivamento, Renan Calheiros continua alvo de 12 investigações – em dois casos já foi denunciado, mas não virou réu.
Outros seis inquéritos da Lava Jato sobre o senador já foram arquivados por falta de provas – há ainda pedido para arquivamento de um sétimo inquérito, que será analisado pelo ministro Luiz Edson Fachin, sem previsão de prazo.
