Segundo investigadores, plataforma exibia dados adicionais que permitiam o financiamento das contas, inclusive, com criptomoedas.
Por Márcio Falcão, TV Globo — Brasília
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2020/6/p/LwXp2rRtemJZMcAa2qEA/allan-dos-santos.jpg)
Blogueiro Allan dos Santos é dono do canal ‘Terça Livre’ e foi alvo de operação da PF no inquérito das fake news — Foto: Mateus Bonomi/Agif/Estadão Conteúdo
Os investigadores afirmam que, apesar das mensagens informando a restrição da conta, a plataforma exibia dados adicionais que permitiam o financiamento desses perfis, inclusive, com o recebimento de valores em criptomoedas.
O sistema, diz a PF, foi identificado nas contas:
- @tercalivre e @allanldsantos, ligadas a Allan dos Santos, que é considerado foragido;
- @Rconstantino, do jornalista Rodrigo Constantino;
- @realpfigueiredo, do empresário Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, que foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República acusado de participação na trama golpista.
“Ao invés de apenas ser exibida a mensagem indicando que a conta está retida, os perfis exibem alguns botões e informações que permitem, no Brasil, sem uso de Virtual Private Network (VPN), aos usuários financiarem/apoiarem essas contas por meio da assinatura da plataforma X e, no caso de Allan Lopes dos Santos, o fornecimento de um endereço para o recebimento de valores em Bitcoin”, escreveu a PF.
O relatório aponta que ao clicar no botão “resumo do perfil” é aberta uma janela, que exibe uma mensagem feita por inteligência artificial, que coloca Allan do Santos como crítico ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, e ao presidente Lula.