Oferta e demanda é que tem de regular mercado, tabelamento do frete engessa o preço e impacta o agro, diz presidente da Famasul

O produtor rural, médico veterinário e especialista em administração de empresas agrárias Mauricio Saito foi reeleito em junho deste ano com 81,25% dos votos válidos para presidir pelo triênio 2018/2021 uma das principais instituições representativas do agronegócio em Mato Grosso do Sul, a Federação de Agricultura e Pecuária do estado (Famasul). Na disputa enfrentou uma chapa encabeçada por um diretora da sua atual gestão, Terezinha Cândido.

Nesta entrevista ao G1, Saito fala sobre o processo eleitoral da instituição, do trabalho realizado pela Federação e o Senar/MS na área educacional e também sobre a assistência técnica oferecida aos produtores, trata ainda do apoio dado aos caminhoneiros na greve que paralisou o país e das discussões agora sobre o tabelamento do frete.

O presidente reeleito da Famasul aborda ainda a importância do Código Florestal para o país, destaca como o setor tem se preocupado em divulgar as ações que vem implementando no que se refere ao uso racional e preservação das fontes de água e fala ainda sobre o que é necessário para resolver os conflitos fundiários envolvendo produtores rurais e indígenas. Confira:

G1: Pela primeira vez em alguns anos, houve uma disputa pelo comando da Famasul. Como a entidade sai deste processo?

Mauricio Saito: A leitura que faço deste processo é muito tranquila. Primeiro um breve histórico. Na história da entidade já ocorreram outras disputas. A primeira na época do Metelo [Eduardo Machado Metello], em 1988. Posterior a isso, na época do presidente Léo Brito também houve tentativa de constituição de chapa e que, por uma questão de legalidade, não teve a continuidade. Naturalmente quando existe uma eleição a instituição sai fortalecida, porque o processo democrático faz com que isso aconteça. A democracia fortalece as instituições e neste processo eleitoral ficou demonstrado o importante papel que a Federação tem na representatividade do produtor, afinal, se não fosse assim, não haveria uma disputa. O processo foi muito salutar, necessário e extremamente democrático. Neste contexto, o dia da eleição foi uma demonstração clara do que era a vontade dos sindicatos rurais, que são os representantes dos produtores em seus municípios.

FonteG1 MS