Na Tribuna, superintendente defende a criação da Lei de Inovação para o desenvolvimento econômico na Capital

A sessão ordinária desta terça-feira (4) contou com a participação da superintendente da Fundação Tuiuiú da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), Neila Farias Lopes, que usou a Tribuna para falar sobre a necessidade da implementação de políticas públicas na área de inovação em Campo Grande-MS. O convite foi feito pelo vereador Otávio Trad.

“Entendo que Campo Grande é uma cidade que tem muita qualidade de vida, mas ainda precisa desenvolver muito”, alertou Neila.

Em sua fala, Neila Farias Lopes contou que há pouco tempo esteve em Florianópolis e presenciou uma mudança na economia da Capital, “Hoje Florianópolis aumentou sua arrecadação porque não é mais apenas uma cidade de turismo, é uma cidade de inovação que está trazendo empresas para se instalar, porque encontraram lá um ambiente propício. A prefeitura de Florianópolis estimula o empreendedorismo, simplesmente a arrecadação aumentou, na ordem de 600 milhões, gerados pelas empresas de tecnologia e inovação”.

Diante disso, Neila explicou a importância da criação de uma Lei de Inovação no município de Campo Grande, “O município não tem uma lei de inovação e, essa lei poderá inserir Campo no Grande no sistema municipal para receber recursos, vai favorecer aproximação das instituições de ensino e pesquisa, o que gera resultados positivos são as relações e as relações se criam começando com o primeiro  passo, com a criação  da lei de inovação e, através da lei, iremos estabelecer os mecanismos para o desenvolvimento, se a gente criar o sistema municipal de inovação vamos ter acessos a recursos federais, se a gente criar a possibilidade de um fundo municipal vamos criar mecanismos de grandes empresas ajudarem o desenvolvimento das pequenas empresas”, explicou.

Segundo a superintendente da Fundação Tuiuiú da UCDB, a inovação e o empreendedorismo carece de apoio, “o que vejo pelo Brasil é Prefeitura Municipal e Governo Federal  sendo provedores de inovação,  eles precisam assumir o papel de articuladores e facilitadores, para gerir desenvolvimento para a cidade, criar programas de incentivo para o empreendedor, várias empresas em Florianópolis nasceram desse incentivo”, alegou.

Outro fator que Neila ressaltou, é que tecnologia não tira empregos, tecnologia é o uso ordenado de conhecimento, a tecnologia transforma a cidade, “Fizemos um trabalho interessante na comunidade quilombola, a comunidade queria diminuir a evasão dos jovens que estavam indo para cidade em busca de emprego, queriam aumentar a produção sem perder a cultura e oferecer emprego para seus jovens. A universidade tinha conhecimento, mas não tínhamos recursos, buscamos parceria, para desenvolver o serviço oferecido pela comunidade, que é a rapadura, a universidade captou recursos federais através do Fundo da Aneel, hoje está sendo construído uma sede para associação, fornos novos para a fabricação da rapadura, grupos de alunos da universidade estão trabalhando para o desenvolvimento da marca do produto, com isso, verificamos que a tecnologia trouxe crescimento, geração de emprego e renda”disse.

Por fim, Neila destacou  a importância da preocupação com o desenvolvimento sustentável de Campo Grande. “Hoje Campo Grande tem uma população de aproximadamente 780 mil habitantes, a cidade precisa planejar o seu crescimento, pois sabemos que quando atingir uma população de 1 milhão de habitantes, se não houver o devido planejamento sustentável, resultará em caos para o município”, alarmou.

Fonte: Site Câmara Municipal de Campo Grande

Dayane Parron

Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal