A partir do mês de novembro, as ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, da febre Chikungunya e do vírus Zika, serão intensificadas com apoio de todas as secretarias do Município. Os detalhes da megaoperação que deve percorrer as sete regiões urbanas da Capital foram discutidos na tarde desta terça-feira (25) em reunião com todos os secretários e diretores das secretarias e autarquias públicas municipais e a prefeita Adriane Lopes, na Esplanada Ferroviária.


Para o secretário municipal de Governo e Relações Institucionais Mário César da Fonseca a iniciativa do Município em mobilizar todas as secretarias e chamar também a atenção da sociedade quanto a necessidade de um esforço coletivo no enfrentamento de doenças como a dengue a qual convivemos há décadas é de fundamental importância.
“Temos que fazer um esforço coletivo para evitar que a gente venha a sofrer com novos surtos ou epidemias de uma doença tão terrível como é a dengue. A prevenção sempre será a melhor solução”, enfatiza.
A superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Veruska Lahdo, fez uma breve apresentação do cenário epidemiológico do Município. Segundo ela, apesar dos números serem considerados estáveis, historicamente há uma preocupação quanto a possibilidade de aumento de casos de dengue a partir da segunda quinzena de dezembro, o que reforça a importância da realização das ações preventivas.
” O perfil epidemiológico nos mostra que entre dezembro e janeiro há sempre aumento de casos e, por isso, é preciso que haja uma intensificação nas ações já nas próximas semanas para que a gente reduza a proliferação do mosquito”, diz.
A superintendente reitera a necessidade da participação da população neste controle, considerando que os levantamentos mostram que 80% dos focos do mosquito ainda são encontrados dentro das casas.
Além do trabalho de manejo e controle efetivo da doença com a visitação e o uso do Fumacê, a Capital está utilizando a ciência como aliada no enfrentamento do Aedes aegypti. Campo Grande é uma das cinco cidades do País escolhidas para receber o projeto Wolbachia.
O Método Wolbachia está em sua 5ª fase de soltura dos mosquitos e na última de engajamento em Campo Grande, sendo que a partir dos próximos meses será iniciada a soltura dos insetos nos últimos 10 bairros, fazendo, assim, com que 100% da cidade esteja contemplada pelo método. Atualmente são 64 bairros que possuem a presença do mosquito com a bactéria Wolbachia.