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quarta-feira, abril 24, 2024

Governador sangra nos impostos vai cobrar pedágio a cada 68 km em rodovia a ser privatizada em 2022

O Governo do Estado deve licitar no próximo ano a segunda rodovia a ser repassada à iniciativa privada. Desta vez, o projeto é privatizar 413,9 quilômetros da MS-112 e das rodovias federais BR-158 e BR-436. A gestão tucana planeja cobrar pedágio a cada 68,9 quilômetros, enquanto na BR-163 existe uma praça de cobrança a cada 100 quilômetros.

Considerando-se a privatização da primeira rodovia, a MS-306, o valor do pedágio deve ser mais caro. Enquanto na BR-163, os usuários pagam entre R$ 5,80 e R$ 7,80, os moradores do Bolsão desembolsam de R$ 10 a R$ 90 na primeira rodovia repassada à iniciativa privada pela atual gestão.

De acordo com a proposta, o vencedor do leilão poder instalar seis praças de pedágio ao longo de 413,9 quilômetros das rodovias. Seis cidades serão atingidas pela privatização: Cassilândia, Paranaíba, Aparecida do Taboado, Inocência, Selvíria e Três Lagoas.

A MS-112 teve investimento de R$ 264,3 milhões entre 2010 e 2014, na gestão de André Puccinelli (MDB), quando foi pavimentada. Agora, o Governo planeja repassar os 200 quilômetros para a iniciativa privada cobrar pedágio em troca de melhorias e da manutenção. Como os projetos do Estado não preveem a duplicação, na prática, o gasto será basicamente com a manutenção da pavimentação.

Já a BR-158, com 194,8 quilômetros, deve ser o principal atrativo do projeto de privatização. A estrada tem movimento de 4.426 veículos por dia, sendo 51% caminhões e 49% carros de passeio. A MS-112 tem maior movimento de automóveis, 82%, conforme levantamento. A outra rodovia é a BR-436, com 14,4 quilômetros a serem privatizados.

A concessionária deverá investir R$ 2,75 bilhões ao longo de 30 anos, sendo que R$ 1,35 bilhão serão para investimentos e R$ 1,3 bilhão para os custos de operação. Em média, o desembolso será de R$ 91,6 milhões por ano.

As rodovias deverão ser monitoradas por câmeras, painéis fixos e móveis de mensagens variáveis, 12 radares fixos, 24 equipamentos de detecção e sensoriamento de pista, além de 12 bases de pesagem móvel de veículos comerciais.  A MS-306 teve atraso no início da cobrança do pedágio. A Agepan só autorizou após uma operação tapa-buracos de emergência para garantir a segurança dos veículos.

FonteJacaré/ Edivaldo Bitencourt