Especialista no salto, ela não conseguiu uma vaga na final do aparelho. Ainda assim foi tietada por muitas ginastas. Todas queriam uma foto ao lado da mulher que é uma lenda, que desafiou as marcas do tempo em um esporte dominado por adolescentes.
Chusovitina é a única ginasta da história a participar de oito Olimpíadas – um feito impressionante em um esporte de pouca longevidade. Além do ouro olímpico por equipes em 1992, a ginasta tem uma prata no salto de Pequim 2008. Nenhuma dessas medalhas, porém, foi conquistada sob a bandeira do Uzbequistão. A ginasta começou sua carreira aos 13 anos na antiga União Soviética. Em 2002, o filho Alisher foi diagnosticado com leucemia ainda pequeno. A Alemanha então estendeu a mão à família, ofereceu o tratamento em troca de Oksana e o marido Bachadir Kurbanov, da luta olímpica, defenderem a equipe germânica.
Oksana vivia entre o hospital para os cuidados com o filho e o ginásio, onde fazia o que mais ama e conseguia relaxar a cabeça para dar mais força a Alisher. Ele agora tem 22 anos, mais velho que muitas ginastas das Olimpíadas de Tóquio.
Em 2009, depois de conquistar sua segunda medalha olímpica, desta vez pela Alemanha, Chusovitina decidiu parar de fazer o que tanto amava, mas voltou atrás e defendeu os alemães também nas Olimpíadas de Londres. Mais uma vez ela chegou a anunciar a aposentadoria, mas não poderia deixar o esporte sem vestir novamente o collant do Uzbequistão nos Jogos. Foi à final do salto na Rio 2016 e acabou na quinta colocação.