Plata e Wallace Yan foram cobrados pela diretoria, que tenta implementar mudança de mentalidade desde o início do ano
Por Emanuelle Ribeiro e Luiza Sá — Rio de Janeiro
O Flamengo sofreu um duro golpe no empate com o São Paulo na 32ª rodada do Campeonato Brasileiro. A equipe não resistiu à expulsão de Plata logo após o gol de Samuel Lino e acabou perdendo pontos importantes na briga pelo título No retorno ao Ninho do Urubu, o clube endureceu a postura novamente com erros.
O técnico Filipe Luís não quis culpar Plata pelo resultado, considerando a expulsão como “sem querer” e jogando a responsabilidade de uma punição para a diretoria. A quinta-feira de reapresentação no Ninho do Urubu foi com uma tentativa de acalmar os ânimos, mas também de cobrança.
O Fla evita tornar público, mas tende a aplicar uma multa em Plata pelo conjunto da obra das últimas semanas. A ideia é resolver internamente para seguir em frente e tentar manter o foco na disputa dos títulos que a equipe ainda vive.
Foi o terceiro cartão vermelho desde setembro, sendo que o primeiro acabou anulado por erro de arbitragem e o segundo se originou de uma reação infantil do atacante, em um lance sem a bola. O Flamengo até pensou em recorrer por avaliar o lance como discutível, mas desistiu, e o jogador será desfalque na final contra o Palmeiras.
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Plata em São Paulo x Flamengo — Foto: Gilvan de Souza/Flamengo
— Punições sempre dependem da diretoria do clube. É claro que eu participo. Mas o que acontece? Uma expulsão como a do Plata, que foi sem querer… Foi sem querer, ele quis ir na bola e acabou pegando a perna do jogador. Um jogador que estava dando absolutamente tudo para a equipe durante o jogo, estava correndo. Eu jamais vou culpar um jogador por cometer um erro desses. Ao contrário, eu estou aqui para colocar a culpa em mim mesmo. Eu, como maior responsável pela equipe, sou o responsável por um empate como esse.
Mudança de ambiente
A postura com as multas é parte de um processo maior dentro do Flamengo nesta temporada. O clube tem trabalhado para criar uma cultura de maior comprometimento do elenco no dia a dia. Cobranças públicas, multas e saídas de atletas elucidam melhor esse cenário.
A contratação de jogadores com “nível Europa”, como Danilo, Jorginho e Saúl faz parte da implementação dessa mentalidade. Esses atletas ajudam nesse sentido porque dão exemplo, são os primeiros a chegar e os últimos a sair, além de irem ao clube mesmo nas folgas em algumas situações.
Quando o jogador não está dentro desse escopo, ele é cobrado. Na base, Lorran e Felipe Teresa saíram dos planos porque não atendiam aos requisitos atuais da comissão técnica. Já o atacante Pedro foi cobrado publicamente por Filipe Luís após uma sequência de treinos ruins, dando a resposta em seguida para retomar a titularidade.
