Estudantes de MS criam protótipo de boné para substituir bengala e ajudar deficientes visuais

O sistema equipado com sensores detecta obstáculos e emite um som ou uma vibração. O sinal fica mais forte quando o risco é maior.

Para substituir as bengalas e facilitar a vida de deficientes visuais, três alunos da Escola Estadual Lúcia Martins Coelho, em Campo Grande, criaram o protótipo de um boné inteligente. O acessório é capaz de identificar e alertar sobre obstáculos.

O boné está em fase de testes, mas os resultados são bastante satisfatórios, garantem os orientadores. Os alunos tiveram a ideia em uma aula sobre robótica. Os professores ajudaram no desenvolvimento durante aulas práticas de física, matemática e programação.

O estudante Dalton Hian foi um dos deficientes visuais que testou o boné. Ele disse que ficou impressionado com o resultado.

“Fiquei feliz de ter participado do teste. Acho que vai ajudar bastante. Só precisa melhorar um pouco. A bateria é um pouco pesada e o boné vibra muito. Quando a gente anda por onde tem muito obstáculo dá um pouco de dor de cabeça. Agora, quando não vibra muito é bem legal, funciona mesmo”, disse o estudante.

Protótipo desenvolvido por aluno de escola pública de MS (Foto: André Ximenes/Arquivo Pessoal)
Protótipo desenvolvido por aluno de escola pública de MS (Foto: André Ximenes/Arquivo Pessoal)

O Protótipo

Batizado de Ultra Cap, o boné inteligente é equipado com sensores similares a aqueles usados nos carros para estacionar.

Quando o sistema calcula a proximidade com obstáculos como paredes, postes, pessoas, entre outros, ele emite um som ou uma vibração.

O sinal fica mais forte quando o risco é maior. O objetivo é garantir mobilidade com segurança, para que os deficientes visuais tenham mais autonomia.

O professor André Ximenes, um dos orientadores do projeto, afirma que o protótipo foi um dos destaques na Semana Nacional da Ciência e Tecnologia, realizada na segunda quinzena de outubro, em Campo Grande.

A segunda versão está bem mais leve e precisa, segundo o professor. “Estou realizado como professor. Quando a gente entra para esta profissão, a gente pensa em fazer a diferença. Hoje estou fazendo a diferença com a orientação deste projeto. Estou muito feliz”, afirma o educador.

 Estudantes Luanna Lupifiere e Gabrielly Bueno desenvolvendo boné (Foto: André Ximenes/Arquivo Pessoal)
Estudantes Luanna Lupifiere e Gabrielly Bueno desenvolvendo boné (Foto: André Ximenes/Arquivo Pessoal)

 

FonteG1 / Marcos Ribeiro