Em Campo Grande, maioria dos postos de combustível ainda não reduziu preços do diesel

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS) aponta que a redução de R$ 0,46 no litro do diesel anunciada pelo governo federal como uma das medidas para por fim a greve dos caminhoneiros na semana passada, ainda demorará alguns dias para chegar as bombas de todos os estabelecimentos no estado.

Segundo o gerente executivo da entidade, Edson Lazarotto, alguns estabelecimentos de Campo Grande, principalmente nas rodovias, já estão vendendo o combustível com desconto para o consumidor, repassando o desconto que estão recebendo na compra. Entretanto, a maioria ainda está praticando o preço velho porque tem diesel em estoque.

A reportagem percorreu cinco estabelecimentos, dos cerca de 150 em operação na capital do estado para conferir se a redução já estava sendo praticada. Tomando por base levantamento de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), do dia 16 de maio, em nenhum deles foi constatada queda de preços, pelo contrário, em todos, os valores praticados quatro dias antes do início da greve dos caminhoneiros estavam abaixo dos registrados nesta segunda-feira (4).

No posto Park Avenida, no bairro Tiradentes, por exemplo, no dia 16, o preço do litro do diesel era de R$ 3,679 e hoje estava sendo vendido a R$ 3,859. A direção do estabelecimento justificou que comercializava o combustível neste valor porque era do estoque que havia sido adquirido por um valor maior, durante a paralisação dos caminhoneiros.

A mesma situação foi registrada no Auto Posto Brilhante, onde o preço passou de R$ 3,679 para R$ 3,699; no posto Modelo, onde o valor passou de R$ 3,658 para R$ 3,899; no posto Aparecida do Norte, que registrou elevação de R$ 3,659 para R$ 3,995 e no posto São Miguel Arcanjo, onde o valor era de R$ 3,670 e passou para R$ 3,987. Em todos a justificativa para a situação foi a mesma.

O proprietário do posto São Miguel Arcanjo, Hebert Quaresma, comenta que a venda de diesel dentro da cidade é baixa e, por conta disso, e de ter estoques adquiridos ainda com preços altos, que a redução do valor anunciada pelo governo federal deve demorar pelo menos 15 dias para chegar as bombas. “Não tem como fazer a redução antes e o empresário sofrer mais esse prejuízo”, comentou.

De acordo com o (Sinpetro-MS), nos estabelecimentos que já estão aplicando o desconto a redução está chegando a R$ 0,41, isso porque na composição do diesel tem um percentual de 10% de biodiesel, em uma mistura que é feita nas refinarias, e o governo federal não negociou a redução do biodiesel.

O sindicato dos postos espera que com a aprovação do projeto do governo do estado que prevê a redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do diesel de 17% para 12%, que deve ser encaminhado nos próximos dias para a Assembleia Legislativa, que a diminuição no valor do combustível para o consumidor de Mato Grosso do Sul seja ainda maior que os R$ 0,46.

FonteG1 MS