Eleição na Capital terá nomes fortes sem mandato, PSDB com força para tratorar e prefeita buscando partido

A próxima eleição em Campo Grande ainda tem poucos nomes pré-definidos. O clima ainda é de incertezas a pouco mais de um ano do início da próxima disputa. Na última eleição em Campo Grande foram 15 candidatos, situação que não deve se repetir na próxima eleição, principalmente pela capacidade do PSDB de agregar principalmente os grandes partidos, com candidatos mais competitivos.

A prefeita Adriane Lopes (Patriota) pode disputar a eleição, agora concorrendo diretamente como prefeita, já que nas últimas duas foi vice de Marquinhos Trad (PSD). Adriane ainda não fala sobre candidatura, o que deve ser anunciado apenas no início do próximo ano, mas já sabe que vai mudar de sigla. O Patriota, liderado por ela e o esposo, deputado Lídio Lopes, fará fusão com o PTB, em uma união que não agrada o grupo. Insatisfeitos, eles vão procurar uma nova sigla. Eles ainda não anunciaram o destino, mas já foram convidados, por exemplo, pela senadora Tereza Cristina (PP).

O eleitor que não acompanha política e lê esta matéria sobre eleição pode imaginar que é cedo para falar sobre, mas nos bastidores as conversas não param e vários partidos já estão de olho no próximo ano. Essa eleição, inclusive, dificulta a construção de uma base para Adriane na Câmara, já que muitos estão pensando no próximo ano, especialmente no apoio ao candidato do governo.

O PSDB, que hoje é o maior partido do Estado e tem o Governo de Mato Grosso do Sul, tem como pré-candidatos o deputado federal Beto Pereira e o presidente da Agems, Carlos Alberto de Assis. A dupla deve brigar pela preferência do partido e também para que novos não apareçam. Caso, por exemplo, da prefeita Adriane Lopes, próxima a Eduardo Riedel depois do apoio a ele no segundo turno.

O MDB não deve ter candidato a prefeito. Puccinelli já avisou que não concorrerá mais ao executivo e pretende ser candidato a deputado estadual em 2026. O partido teve Márcio Fernandes como candidato na última eleição.

Lideranças sem mandato

Dois candidatos são aguardados para a próxima disputa na Capital. Rose Modesto, que foi ao segundo turno contra Marquinhos no primeiro mandato, sempre é citada como uma das favoritas. Desta vez, ela está sem mandato e pode concorrer. Rose arriscou tudo na última eleição, quando deixou o mandato de deputada federal para tentar o Governo do Estado. No segundo turno, apoiou Contar, que também perdeu. Agora, ela e equipe estão sem nenhum aliado para conseguir apoio, já que também não apoiaram Luís Inácio Lula da Silva. Rose preferiu ficar neutra na briga pela presidência.

Capitão Contar também é um dos bem cotados para disputar a Capital. Ele se tornou mais conhecido ao disputar o governo e chegar ao segundo turno, fortalecido pela onda bolsonarista. Outro aliado de Bolsonaro, Loester Trutis (PL), também ficou sem mandato, após perder a reeleição para deputado federal. Ele tentou disputar na Capital na última eleição, mas ficou fora após briga no PSL.

O PDT teve Dagoberto Nogueira candidato na última eleição e também quer entrar na disputa. O pré-candidato do partido é o deputado estadual Lucas de Lima. Outro que está de olho na prefeitura da Capital é o vereador Professor André (Rede).  O PT, que agora tem a presidência da República, disputou a última eleição com o deputado Pedro Kemp, mas até agora nenhum filiado demonstrou desejo de concorrer em Campo Grande.

A última eleição na Capital teve quinze candidatos:

CRIS DUARTE (PSOL)

DAGOBERTO     (PDT)

DELEGADA SIDNÉIA TOBIAS (Podemos)

ESACHEU NASCIMENTO (PP)

GUTO SCARPANTI (Novo)

JOÃO HENRIQUE (PL)

MARCELO BLUMA (PV)

MARCELO MIGLIOLI (Solidariedade)

MARCIO FERNANDES (MDB)

MARQUINHOS TRAD (PSD)

PAULO MATOS (PSC)

PEDRO KEMP    (PT)

PROMOTOR HARFOUCHE (Avante)

THIAGO DE CARVALHO ASSAD   (PCO)

VINICIUS SIQUEIRA (PSL)

FonteNotíciasCG / Carlos Oliveira