Defesa de Lula diz que não usará mensagens de Moro em ação no STF: ‘já existe prova mais do que suficiente’

O advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que a defesa do petista não utilizará as mensagens de procuradores da Operação Lava Jato na ação no Supremo Tribunal Federal (STF) em que acusa o ex-juiz Sergio Moro de ser parcial.

“Nossa avaliação, neste momento, é que já existe prova mais do que suficiente nos autos para o reconhecimento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro e que o julgamento, iniciado em 2018, deveria ser retomado o mais breve possível, sem a necessidade de novas discussões”, afirmou Zanin em entrevista ao portal Uol.

De acordo com o advogado, a defesa já utiliza as mensagens obtidas no âmbito da Operação Spoofing como prova em outros processos. “E certamente elas irão reforçar a nulidade dos processos e a inocência do ex-presidente Lula em relação às acusações feitas pela extinta Lava Jato”, disse.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu, nesta terça-feira (9), que é legal o compartilhamento pela defesa do ex-presidente das mensagens trocadas entre Moro e procuradores do Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR).

Uma das mensagens deixou clara a parcialidade da Lava Jato, mostrando novamente que Moro agia como assistente de acusação. Em 16 de fevereiro de 2016 e incluída pela defesa de Lula na ação, o então magistrado perguntou se os procuradores teriam uma “denúncia sólida o suficiente”.

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