Brasileiros contam como está a vida na China, primeiro país a enfrentar o coronavírus: ‘É o que chamam de novo normal’

Com mais de 81 mil casos confirmados e mais de 3.200 mortes por causa do novo coronavírus, a China vive um momento oposto a grande parte dos países do mundo. Enquanto Itália, Estados Unidos, Espanha veem as mortes por Covid-19 crescendo rapidamente, a China conseguiu “achatar a curva”, ou seja, conseguiu estabilizar a curva de crescimento da doença e desacelerar o número de novos infectados.

O primeiro caso da Covid-19 foi diagnosticado em dezembro do ano passado na China, mas foi em janeiro que o país começou a impor duras medidas para conter a disseminação do vírus. A quarentena por lá foi coisa séria.

A estilista paulista Maria Luiza Emygdo, que vive há 3 anos em Xangai, uma das maiores cidades do país com mais de 24 milhões de habitantes, viveu uma quarentena restrita. Ela voltou de viagem do Brasil no início de fevereiro e por isso precisou ficar completamente isolada por 14 dias.

Nesse período, ela ganhou uma tutora – única pessoa com quem ela teve algum tipo de contato.

Maria Luiza conta que Xangai é uma cidade cosmopolita e com uma vida noturna ativa. E nos dois meses de isolamento o cenário mudou. Todos os estabelecimentos comerciais fecharam, só ficaram mercados e algumas farmácias.

As pessoas praticamente não saíam para a rua. Foi difícil, mas ela conta que valeu a pena. “Todo mundo por aqui comenta, a China está voltando a ter vida. Aos poucos, mas as coisas estão voltando a ser como eram antes do começo da epidemia”.

Mas essa normalidade surge ainda com muito cuidado. A estilista conta que em todos os lugares a temperatura das pessoas é checada. No metrôs, nas entradas de condomínios e restaurantes. Todo mundo que vive na China está cadastrado em um aplicativo e vinculado a um QR code.

FontePor Manuela Aragão, Jornal Hoje