Logo no primeiro ataque, Gabi viu a rede fechar à sua frente. Não era um desafio fácil. Campeã de tudo o que disputou na temporada com a camisa do Vakifbank, a ponteira estreou como capitã logo contra uma Turquia de velhos conhecidos. De início, sofreu – assim como toda a seleção. Mas, aos poucos, soube encontrar o caminho para reagir. Em uma noite tensa no ginásio Nilson Nelson, Gabi liderou o Brasil a uma vitória firme. Em 3 sets a 1, parciais 19/25, 25/23, 25/23 e 25/23, a equipe de José Roberto Guimarães mostrou força para superar as rivais na partida de estreia da segunda semana da Liga das Nações.
Depois de um primeiro set difícil, a seleção soube reagir no ritmo de Gabi. Do outro lado, Giovanni Guidetti, técnico da ponteira no Vakifbank, montou uma marcação implacável sobre a ponteira desde o início. No segundo set, porém, as entradas de Kisy e, principalmente, Julia Bergmann, mudaram o jogo. As duas, firmes no ataque, desviaram a atenção das rivais e ajudaram Gabi a se impor.
O Brasil volta à quadra nesta quinta-feira em mais um desafio importante na Liga. A seleção encara a Holanda, novamente no ginásio Nilson Nelson, às 21h. O sportv2 transmite a partida, e o ge acompanha tudo em tempo real.
1º set – Brasil começa mal, e Turquia larga na frente
Gabi subiu na ponta e encheu o braço. No primeiro lance do jogo, a nova capitã brasileira acabou parando no bloqueio rival. A Turquia começou melhor. Com menos erros e uma pitada de sorte, a seleção europeia logo abriu distância, com 5/1 no placar. Aumentou ainda mais a diferença na sequência. Mas, aos poucos, o Brasil melhorou. Com um bloqueio de Carol e um ataque para fora de Karakurt, fez o placar marcar 11/8 para as rivais.
A seleção cresceu no ritmo de Pri Daroit, mais eficiente no ataque àquela altura. Mas a Turquia voltou a abrir vantagem. Zé, então, tentou a inversão. Roberta e Kisy foram para a quadra, mas as rivais marcaram 20/15. O técnico, então, parou o jogo para tentar arrumar a casa. Deu certo. O Brasil voltou a encostar e passou a pressionar as rivais. Mas, em um ataque para fora por milímetros, a Turquia abriu 23/19. Já não havia mais espaço para reação. Numa pancada de Karakurt, 25/19.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2022/C/T/fgW0p5SFGmA82ZwXfFYg/brasil-turquia2.jpg)
Turquia ataca contra bloqueio do Brasil — Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV
2° set – Julia Bergmann muda o jogo, e Brasil empata
Na volta à quadra, a Turquia não demorou a disparar. Zé Roberto voltou à quadra com Kisy na saída no lugar de Ana Cristina. Mas, ainda assim, as turcas se mostravam mais efetivos. A marcação sobre Gabi também se mostrava implacável. Aos poucos, a seleção se encontrou. Carol, em um lance de sorte, fez a diferença cair para apenas dois pontos: 10 a 8.
Mas a reação durou pouco. A Turquia voltou a abrir: 14/10. No ponto anterior, Zé já havia tentado mexer. Mandou Julia Bergmann à quadra no lugar de Pri Daroit. Deu certo. Em um ataque da ponteira, a diferença voltou a cair para dois pontos (14/12). O empate não demorou a chegar. No bloqueio de Kisy, 15/15 no placar.
Ainda assim, as coisas não andavam nada fáceis. A Turquia, mais uma vez, se reencontrou e voltou a abrir em 20/17. No embalo da torcida, porém, o Brasil foi buscar. Diana, em um ace, empatou. Gabi, tão marcada, deu o troco ao bloquear Karakurt e colocar a seleção à frente pela primeira vez no jogo. Era o melhor momento do Brasil até ali. Kisy, com uma pancada, deu o set point em 24/22. No saque para fora de Karakurt, fim de papo na parcial: 25/23.
3° set – Brasil se impõe e vira o jogo
Era outro jogo àquela altura. Brasil ganhou em confiança e voltou à quadra disposto a se impor. No brilho de Julia Bergmann e Gabi, abriu 5/2 com autoridade. A Turquia, porém, tinha suas qualidades. Aos poucos, encostou. O empate veio em um ataque para fora de Kisy: 8/8. Mas, assim como no segundo set, o Brasil desafogou quando Diana foi para o saque. Com um ace da central, a seleção chegou ao tempo técnico em vantagem: 12/10.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2022/H/t/9cbXMYR0ApxkQM8TIQHw/carol-brasil-turquia.jpg)
Carol ataca para o Brasil contra a Turquia — Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV
Pouco depois, o Brasil ampliou. Fez 17/14 depois de um bloqueio de Kisy. A seleção já não era tão instável, mas, ainda assim, a Turquia encostou: 17/16. O empate veio com Karakurt, sempre ela. A Turquia passou à frente na sequência, mas foi por pouco tempo. Um bloqueio de Carol fez com que a seleção retomasse a ponta em 21/20. Foi a senha para que o time não abrisse mais espaço para reação. No saque para fora de Baladin, fim de set: 25/23.
4º set – Brasil se impõe e garante vitória
A Turquia quis reagir na volta à quadra. No equilíbrio do set anterior, chegou a ficar à frente, mas viu Julia Bergmann deixar tudo igual em 5/5. Não era fácil, porém. A seleção ainda precisou de um tempo para tomar a ponta. Conseguiu. Em um lance de sorte, numa defesa de Macris que foi direto à quadra rival, o Brasil abriu 15/13.
As rivais, porém, ainda lutavam. A Turquia tinha seus méritos, mas a seleção tinha força suficiente para se impor. Em uma pancada de Gabi, a seleção abriu 20/17, para a festa da torcida. A vantagem foi a senha para que o técnico chamasse Rosamaria, queridinha da torcida. O ginásio, então, explodiu. Em quadra, a mudança também surtiu efeito. Com um bom saque, a ponteira quebrou o passe rival e ajudou para que Gabi ampliasse a vantagem no bloqueio: 21/17.
A Turquia conseguiu encostar na sequência, porém. Com o placar em 21/19, Zé parou o jogo. Na volta, Ana Cristina parou no bloqueio turco, e o técnico desfez a inversão. Foi só um susto. No fim, vitória brasileira por 25/23.