Barragem da Vale se rompe em Brumadinho e atinge comunidade

© Divulgação/Corpo de Bombeiros MG / Barragem se rompe em Brumadinho (MG)

A barragem 1 da Mina Feijão, da mineradora Vale, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, se rompeu na tarde desta sexta-feira, 25. Segundo a empresa, a área administrativa da empresa foi atingida com funcionários e, portanto, pode haver vítimas. A lama também chegou à comunidade da Vila Ferteco. A Defesa Civil confirmou que há pessoas isoladas.

O Corpo de Bombeiros informou que o acidente aconteceu na altura do km 50 da Rodovia MG-040. Os bombeiros enviaram equipes com policiais civis e militares, com enfermeiros e medicamentos, além de cinco aeronaves e um helicóptero. Também foram acionados militares do Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres (Bemad).

Segundo a GloboNews, duas moças, de 15 e 22 anos, foram resgatadas e levadas de helicóptero ao Hospital João 23, em Belo Horizonte. A vítima de 22 anos estaria com a bacia fraturada e foi levada ao centro cirúrgico. O hospital interrompeu o atendimento aos pacientes em geral para priorizar as vítimas de Brumadinho.

Segundo informações do site da Vale sobre as barragens da região, a barragem 1 foi construída em 1976 e tem volume de 12,7 milhões de m³. Atualmente, a barragem não receberia material, pois o beneficiamento do minério na unidade é feito à seco, ainda de acordo com o site. O Ibama havia informado inicialmente que havia 1 milhão de m³ de rejeito no local. Para efeito de comparação, a barragem da Samarco que em 2015 se rompeu, soterrando o distrito de Bento Rodrigues e matando 19 pessoas, tinha 50 milhões m³ de rejeitos.

Em primeira análise, o Ibama afirma que a primeira estrutura receptora dos impactos seria a Barragem de Retiro Baixo, a cerca de 150 quilômetros do ponto de rompimento. A equipe do Núcleo de Prevenção e Atendimento a Emergências Ambientais do Ibama se deslocou para o local com servidores da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de Minas.

No Facebook, a prefeitura de Brumadinho pediu que a população mantenha distância do leito do Rio Paraopeba, que é um afluente do Rio São Francisco. Em nota, a Copasa, responsável pelo abastecimento de água na região metropolitana de Belo Horizonte, afirmou que não há risco de desabastecimento.

FonteEstadão