Ataque na sede da polícia de Paris termina com pelo menos cinco mortos

© REUTERS/Philippe Wojazer

Quatro policiais foram mortos esfaqueados nesta quinta-feira (3) dentro da sede da Polícia Francesa de Paris, o equivalente à Secretaria de Segurança Pública. Eles foram agredidos por um dos funcionários, que foi abatido a tiros.

O ataque ocorreu no início da tarde. O agressor conseguiu matar os quatro colegas de trabalho antes de ser atingido no pátio do prédio, localizado no centro histórico da capital, na ilha da Cité, e em frente a Catedral de Notre-Dame. Ele trabalhava na parte administrativa, na Diretoria de Inteligência. Os investigadores privilegiam a pista de um conflito pessoal interno.

O perímetro ao redor da sede da polícia foi isolado e a situação está sob controle. Logo após o ataque, uma mensagem de alerta foi transmitida nos altos-falantes do Palácio da Justiça de Paris, que fica ao lado. Houve um momento de pânico no momento que o prédio foi esvaziado, informou, Frédéric Guillot, um representante do sindicato CGT, entrevistado pela BFM TV.

O ministro do Interior, Christophe Castaner, que deveria visitar a Turquia, adiou sua visita e foi ao local. O primeiro-ministro Édouard Philippe e o presidente Emmanuel Macron também forma à sede da Polícia para acompanhar “testemunhar apoio e solidariedade aos funcionários”.

Ataque terrorista descartado por enquanto

O Tribunal Antiterrorista da Paris não foi acionado. Os motivos do ataque ainda são desconhecidos, mas a policia privilegia até agora um “ato de loucura” informou uma fonte sindical. O agente administrativo teria começado a esfaquear os colegas em seu escritório antes de sair para fora e atacar outros policiais. Ele trabalhava no local há mais de 20 anos e era considerado um funcionário exemplar.

Frédéric Guillot lamentou o episódio. Ele lembrou que a categoria “enfrenta com tristeza a onda da suicídio de policiais, mas que casos como este, de agentes atacando agentes, é a primeira vez”.

O ataque acontece no dia seguinte de uma manifestação inédita de policiais franceses nas ruas de Paris para denunciar a degradação das condições de trabalho da categoria, a reforma da aposentadoria e o número recorde de suicídios. Desde o início do ano, 52 policiais se mataram na França.

FonteRFI