A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta quinta-feira (14) a produção e a distribuição de oxigênio medicinal a 95% pela empresa White Martins Gases Industriais do Norte. A medida deverá contemplar o estado do Amazonas, que passa por colapso no sistema de saúde devido à Covid-19, e libera a redução do índice, normalmente de 99%, para aumentar a capacidade de produção.
A medida da agência reguladora valerá por 180 dias e atende pedido da empresa e também do secretário de saúde do estado do Amazonas, Marcellus Campêlo.
Duas condições foram impostas:
- Como geralmente o índice de pureza é de 99%, não de 95%, a Anvisa pede que os profissionais e serviços de saúde sejam informados da correta utilização do cilindro;
- Não utilizar mais o índice de 95% após normalização da situação no estado.
Nesta sexta-feira (15), a Justiça Federal determinou que a União transfira, imediatamente, todos os pacientes da rede pública de Manaus que possam morrer por conta da falta de oxigênio. O despacho, expedido nesta quinta, atende a um pedido dos Ministérios Públicos Federal e do Estado e Defensorias Públicas.
A capital amazonense enfrenta colapso no sistema de saúde porque, com aumento recorde de internações por Covid, passou a sofrer com falta de oxigênio. Nesta quinta, o governo estadual informou que 235 pacientes com Covid-19 começaram a ser transferidos para outros estados.
Até esta quinta (14), mais de 223 mil pessoas foram infectadas no Amazonas, e mais de 5,9 mil morreram com a doença. Conforme o boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, há 1.581 pacientes internados com Covid no estado, sendo 518 em leitos de UTI.