“Um fragmento de chumbo do tamanho da ponta de um alfinete é grande o suficiente para matar uma águia”, afirma o coautor Vince Slabe, biólogo pesquisador da vida selvagem da organização sem fins lucrativos Conservation Science Global.
Os pesquisadores detectaram níveis elevados de exposição ao chumbo nas aves no outono e no inverno, coincidindo com a temporada de caça em muitos estados. Durante esses meses, as águias se alimentam de carcaças e restos deixados por caçadores, que muitas vezes contêm cacos de chumbo ou fragmentos de balas.
Slabe disse que o resultado da pesquisa não deve gerar um moimento contra os caçadores. “Os caçadores são um dos melhores grupos de conservação deste país”, afirmou, observando que as taxas e impostos pagos pela atividade ajudam a financiar as agências estaduais de vida selvagem nos EUA.
No entanto, Slabe espera que as descobertas forneçam uma oportunidade de “conversar com os caçadores sobre esse assunto de maneira clara” e que mais caçadores mudem voluntariamente para munições sem chumbo, como balas de cobre.
A munição de chumbo para a caça de aves aquáticas foi proibida nos Estados Unidos em 1991, devido a preocupações com a contaminação dos cursos d’água, e as autoridades da vida selvagem incentivaram o uso de munição de aço. No entanto, a munição de chumbo ainda é comum para a caça de diversas aves e outros animais.