Torcedores atribuem décadas de infortúnio do time argentino a uma praga rogada por rivais, que teriam enterrado sete gatos no Cilindro no século passado
Por Emanuelle Ribeiro — Buenos Aires
O futebol sempre foi terreno fértil para superstições e um campo no qual as derrotas, muitas vezes, buscam explicação além das quatro linhas. Em Avellaneda, uma lenda tenta dar sentido ao período de infortúnio do Racing Club. Depois de anos no topo do futebol argentino, o adversário do Flamengo na semifinal da Libertadores passou décadas sem conquistas. Esta é a história da suposta maldição que torcedores rivais lançaram sobre “La Academia” no século passado.
Da glória ao mistério
No início do Século 20, o Racing era sinônimo de grandeza. Chamado de “La Academia” por sua excelência e vitórias em série, o clube conquistou sete títulos nacionais consecutivos entre 1913 e 1919, sendo cinco deles de forma invicta. Em 1967, voltou ao topo ao vencer o campeão europeu Celtic (Escócia) e se tornar o primeiro time argentino a conquistar a Copa Intercontinental.
— Era uma equipe que havia ficado 39 partidas invicta entre 1965 e 1966, que tinha se consagrado campeã da Copa Libertadores em 1967. O futuro do Racing Club parecia extremamente promissor. Mas, como em toda boa história de rivalidade, o sucesso da Academia despertou algo mais sombrio do outro lado da cidade. Em Avellaneda, a glória de um sempre ecoa como dor para o outro — explicou ao ge o escritor argentino Carlos Aira.

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