Vitória eleva ainda mais a confiança de um time que mudou de patamar na virada do turno após a janela de transferências e sob o comando de Diniz
Por Bruno Murito — Rio de Janeiro
A vitória por 2 a 0 contra o Fluminense foi mais um capítulo da fase embalada que o Vasco vive na temporada com Fernando Diniz. A equipe foi superior ao rival carioca e dominou totalmente a partida no segundo tempo, com direito a “olé” no Maracanã, construindo o resultado que colocou o time na oitava posição do campeonato.
Há sete meses, o presidente Pedrinho disse que o Vasco tinha um elenco top-8 do Brasileirão. Houve uma unanimidade na época de que a avaliação era, no mínimo, precipitada. O time tinha fragilidades e ausências de perfil importantes para uma equipe da Série A. No entanto, o presidente vascaíno estava certo em uma coisa: era preciso um treinador que tirasse mais dos jogadores que lá estavam.
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Gol de Rayan, Vasco x Fluminense — Foto: André Durão / ge
E poucos treinadores no futebol brasileiro fazem isso melhor do que Fernando Diniz. O maior exemplo disso é Rayan. O time já havia melhorado de desempenho, mas sofria para traduzir as boas atuações em bons resultados — devido às falhas na defesa e à falta de contundência no ataque. Depois da janela de transferências do meio do ano — esta, sim, que corrigiu os problemas crônicos da equipe —, não há erro nenhum ao ver o atual time vascaíno entre os oito melhores do Campeonato Brasileiro.
O Vasco de Diniz, enfim, converte suas atuações em resultados. São cinco vitórias nos últimos seis jogos no Brasileirão. Apenas uma derrota nos últimos 11 jogos. A equipe mudou de patamar em 2025 e entrou de vez na briga por uma vaga na Libertadores — via Brasileiro ou Copa do Brasil.
30 minutos do Fluminense, 60 do Vasco
Apesar da boa fase, o Vasco não começou o primeiro tempo bem. A equipe sentiu o erro de Barros, aos três minutos de jogo, que foi desarmado na intermediária defensiva. Sorte que Cano desperdiçou a chance, em boa defesa de Léo Jardim. O argentino tinha todo o espaço do mundo para conduzir e finalizar, mas chutou de forma precipitada.
A partir desta falha, o Fluminense foi superior por cerca de 20 minutos no Maracanã. O Tricolor chegava com muita força pelos lados e abusava das ligações diretas para explorar a linha alta do time de Diniz. E neste quesito não há como não citar a segurança dos zagueiros do Vasco. Cuesta e Robert Renan levaram a melhor em praticamente todos os lances. A dupla salvou a equipe algumas vezes no primeiro tempo.
Depois do período de pressão, o Vasco iniciou uma presença maior no setor ofensivo. Com Coutinho regendo as investidas, a equipe começou a incomodar o Fluminense. Mas o Vasco ainda batia cabeça com Paulo Henrique e Andrés Gómez pela direita, que não estavam se entendendo no 1º tempo. Diniz inverteu os pontas e colocou Nuno pela direita. O impacto foi imediato.





