Cuca avalia que derrota faz parte do Brasileiro, vê boa partida do Atlético-MG e afirma: “Luto dura um dia”

Por

31/10/2021

A derrota por 1 a 0 para o Flamengo neste sábado adiou os planos do torcedor do Atlético-MG em comemorar uma vantagem ainda maior para o rival na briga pelo título do Brasileiro. Mas, na avaliação do técnico Cuca, a partida feito pelo clube mineiro foi boa e a derrota faz parte da competição.

O treinador alvinegro também comentou sobre a superioridade do Galo nas estatísticas no Maracanã. Maior posse de bola e finalizações durante toda a partida.

Cuca na partida entre Flamengo x Atlético-MG, no Maracanã, válida pela 29ª rodada do Campeonaro Brasileiro — Foto: Pedro Souza / Atlético

– Nós tivemos o controle do jogo. Até tomar o gol, o Flamengo não tinha finalizado. Até 25 minutos sem finalizar. Então você tem o controle total do jogo, já tinha dado bola na trave, por um detalhe ou outro não feito o gol, era uma questão de tempo para você fazer um a zero, mas aconteceu num lançamento lá na direita, o Isla cruzar, o Bruno Henrique ganhar, Michael fazer o gol, e aí mudou o contexto do jogo. Você não vai ver, ou dificilmente vai ver, uma equipe vir aqui e ter o dobro de finalização e posse de bola – disse.

O jogo que era visto como uma “final antecipada” pela posição na tabela e contexto do Brasileirão não mudou a sequência do Galo para o restante do campeonato na avaliação do técnico. Cuca segue vendo dificuldade na competição.

– Mesmo se tivesse ganho ainda teria um campeonato não tão duro, mas com a derrota tem um campeonato difícil, que hoje são 10 pontos e podem virar quatro desde que o Flamengo vença o Athletico-PR lá e o Grêmio lá, que hoje lutam na parte debaixo – disse.

Substituições

Outro questionamento feito ao treinador foi em relação às substituições feitas por ele. Na primeira, trocou o lateral Guga por Diego Costa, colocando o time mais para frente e puxando Zaracho para a lateral. Depois, nas entradas de Savarino e Vargas.

– Eu não quis trocar um lateral pelo outro, nós estamos perdendo, nós vamos tentar jogar o time mais à frente dentro da condição normal de organização. Não entrou mal o Zaracho naquele setor. As trocas que a gente fez depois, a saída do Keno, que teve um probleminha, e a entrada do Vargas com o Savarino para nós ganharmos profundidade, eles estão bem fechados, com dois atacantes e o Hulk vindo de trás. Nós ficamos com Allan, Jair e o Hulk porque o Flamengo estava muito recuado.

São ideias que você tem, mexidas que você faz que acabou não culminando com o gol, se acaba a bola do Arana entrando você empata e vira o jogo, são boas mexidas. Como não houve uma mudança no placar, elas passam a não ser boas mexidas, o que acaba sendo natural.

Veja outras repostas do treinador

Briga no túnel
– O que houve ali na saída são coisas de sangue quente de todo mundo e também não cabe aqui falar o que disse o que não disse, isso é coisa interna que a gente resolve internamente, se a gente vai tirar proveito disso ou não, só o tempo vai dizer.

Arbitragem
– O time não fez uma má partida, não fez um jogo nervoso, aí se reclama da arbitragem. Não da arbitragem no lance de jogo, ele fez uma arbitragem muito boa, mas da passividade, goleiro cai duas, três vezes, você acresce o tempo, mas você esfria o jogo, você tá naquele ímpeto, bola na trave, escanteio, você esfria o jogo. Não adianta você dar dois minutos no fim, porque dos sete finais, se você cronometrar não tem a metade, não anda. Foi nesse aspecto que os jogadores ficaram nervosos em campo pela passividade da arbitragem, em cima da cera que o Flamengo fez. Tinha um resultado e fizeram por onde merecer e administraram dessa forma. Não sou contra, cada um tem sua maneira, eu mesmo fiz diversas maneiras do mesmo jeito, então a gente não tem que chorar nada.